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UM ANO DE ATAQUES CONTRA AS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS

Há quase um ano, no dia 9 de dezembro de 2016, a polícia federal irrompeu na UFRGS, em vista de uma suspeita de fraude em um programa de extensão. A polícia federal batizou todo o movimento de “Operação PhD”. Pouco tempo depois, em 13 de fevereiro de 2017, algo similar aconteceu na nossa universidade: numa operação (batizada de “Research”), foram envolvidos mais de 180 agentes federais, cumprindo vários mandados de prisão e oito conduções coercitivas. Mas o pior estava por vir: no dia 14 de setembro de 2017, numa operação batizada de “Ouvidos moucos” (em alusão direta à suposta falta de respostas da Universidade aos órgãos de controle), a polícia chega na UFSC para cumprir sete mandados de prisão temporária e cinco de condução coercitiva. Mais de 115 policiais foram envolvidos na operação – que vieram inclusive de outros estados. Nesse caso, porém, houve um fato grave adicional: o próprio Reitor da UFSC – Luiz Cancellier de Olivo – foi preso “por obstruir investigações”. Os
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NOTA DE REPÚDIO

Floripa Contra o Estado de Exceção vem a público manifestar seu repúdio ao violento   ataque sofrido pela UFMG no dia 6 de dezembro de 2017, bem como aos novos ataques sofridos pela UFSC na manhã deste dia 7 no âmbito da “Operação Torre de Marifim” , como uma grave violação ao Estado de Direito e à autonomia constitucional universitária que ofende todas as instituições democráticas do país. Ao mesmo tempo, presta inteira solidariedade ao seu corpo de dirigentes, professores e servidores agredidos pela prisão ilegal, condução coercitiva e humilhação de homens e mulheres de conduta ilibada e de contribuição largamente reconhecida. Forjadas num vexaminoso conluio entre Corregedoria Geral da União, Polícia Federal, Justiça Federal e Ministério Público Federal, essas operações reiteram expedientes abusivos, característicos de um Estado de Exceção. Assim como os ataques anteriores e novos impostos à UFSC, a intervenção militar sofrida pela UFMG denuncia seu verdadeiro propósito no bojo

A Trincheira Simbólica contra o Estado de Exceção

Fonte das fotos:  https://www.ufmg.br/online/arquivos/005910.shtml http://www.diariodocentrodomundo.com.br/conducao-ilegal-do-reitor-da-ufmg-lei-do-abuso-de-autoridade-ja-por-wadih-damous/ O General João Figueiredo foi o responsável por sujar de tinta e limpar o sangue do papel que portava a lei n° 6.683, que anistiava todos que cometeram crimes políticos e eleitorais e funcionários públicos no descumprimento das leis entre setembro de 1961 e agosto de 1979. Fruto de forte pressão popular, como resultado, trouxe de volta ao Brasil exilados políticos, entre eles artistas e políticos. Uma onda de otimismo e esperança encheram as ruas e deu força para movimento das eleições diretas. O “Bêbado e o Equilibrista” de Aldir Blanc e João Bosco na voz de Elis Regina marcou uma época e virou hino da abertura política. Quem poderia imaginar que a lei da Anistia, a despeito de seu valor simbólico, alimentou o parasita fascista no seio da democracia e criou escola. Centenas de presos po

AULA PÚBLICA "Resistência ao Abuso de Poder e ao Fascismo" - Em defesa dos fundamentos do Estado Democrático de Direito e da Autonomia Universitária

Movimento nacional se levanta contra Estado de Exceção na UFSC e no Brasil. A prisão ilegal do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, que levou a sua humilhação, linchamento moral, banimento da instituição e consequente suicídio, não é um fato isolado na Universidade Federal de Santa Catarina. Em todo o país, forças democráticas de inúmeros partidos e correntes se levantam com vigor contra a instauração de um Estado policialesco que se  afirma pelos excessos do poder, a violação da autonomia universitária e dos preceitos do direito constitucional, ambos pisoteados pela Polícia e pela Justiça Federal no caso do reitor. Como palco dessa tragédia que horroriza o país e ainda não conheceu a menor sombra de justiça, a UFSC realiza no dia 27/11, a Aula Pública: "Resistência ao abuso de poder e ao fascismo: em defesa dos fundamentos do Estado Democrático de Direito e da Autonomia Universitária". Por iniciativa do Coletivo Floripa contra o Estado da Exceção, com aclamação
Em defesa do Estado Democrático de Direito e da Autonomia Universitária:  Floripa contra o Estado de Exceção! Os setores democráticos da sociedade brasileira devem se unir com urgência em luta contra a perigosa destruição dos fundamentos do Estado Democrático de Direito protagonizada por agentes públicos e privados que promovem no país um retrocesso civilizatório, cultural, político, econômico e social. Golpes ao direito constitucional da presunção de inocência e do devido processo legal se somam à supressão de direitos sociais e a decisões contrárias à soberania nacional e à vontade da população expressa pelo voto. Tais ações, de viés arbitrário e antipopular, transformaram o cenário de luta política no país em pouco tempo, em conexão com disputas geopolíticas internacionais contra a autodeterminação dos povos e nações, que têm como um dos seus elementos centrais a destruição dos serviços públicos, notadamente no campo educacion